O shopping center é o destino preferido de muitos brasileiros. Para o consumidor, trata-se de um local que é sinônimo de praticidade e comodidade, afinal ele encontra, em um só lugar, diversas opções de lazer, diversão, serviços e compras.
Recentemente, entidades ligadas ao ramo divulgaram dados bastante otimistas sobre o reaquecimento deste mercado, no entanto, o que se sabe é que os percentuais de crescimento atingidos até o momento ainda estão longe do que eram observados antes da pandemia de COVID-19.
Diante desta nova realidade, será que o segmento de shoppings centers segue oferecendo vantagens competitivas para os empresários do varejo? Seria mais interessante avaliar a expansão dos seus negócios para outros tipos de imóveis? Quais são as tendências e apostas para este mercado? As respostas para estas perguntas você confere a seguir.
Vantagens X custos: uma relação importante para o lojista
Quando falamos de shopping center, tocamos em um tipo de operação bastante almejada por lojistas de todo o país. Para eles, levar sua marca para estes locais é sinônimo de sucesso e de ganhos em visibilidade e rentabilidade, pois a dinâmica comercial dos shoppings é totalmente favorável ao consumo: ambiente seguro, bonito e climatizado.
Há, ainda, alta circulação de potenciais clientes durante toda a semana, segurança 24 horas, fácil acesso, estacionamento, proximidade com grandes marcas e ações promocionais que estimulam o consumo. Quando comparado ao comércio de rua, por exemplo, os shoppings saem na frente neste quesito.
“O segmento de shopping center após a pandemia vem recuperando forças, mas o varejo ainda não retomou o faturamento que gerava até 2019. A conta é muito simples: se tudo subiu de preço, como revela a inflação oficial medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), e as vendas caíram, é natural que o custo de estar em um centro comercial como os shoppings tenha maior participação sobre a receita. Assim, os shoppings estão apertando no valor das locações para recuperar o prejuízo. A impressão é a de que os lojistas terão que acomodar seus custos aceitando menor rentabilidade, também impactada pelos aumentos nos valores de condomínio, já que a mão de obra de limpeza e segurança está cada vez mais cara”, ressalta a especialista em Direito Imobiliário Empresarial e Gestão Imobiliária para Varejo, CEO da Gestão 3E, Thalita Bischof.
Tendências para o varejo no pós-pandemia
Dados da Associação Brasileira de Shoppings Centers revelaram que em 2022, oito grandes empreendimentos foram inaugurados no país. Atualmente, há 628 shoppings em atividade que, juntos, apresentaram no ano passado um faturamento de R $191 bilhões, 20% a mais do que no ano anterior.
Mesmo com dados positivos, como já apontamos, os shoppings ainda precisam tomar fôlego para ocupar o posto que estava em 2019. O Big Show do Varejo, convenção anual da NRF (National Retail Federation), ocorrida em janeiro deste ano em Nova York, apontou algumas tendências para o varejo que servem para compreender quais serão as regras adotadas num futuro próximo.
A primeira delas aponta para o fim da “Era da Abundância”, que altera de forma significativa a dinâmica da indústria, do varejo e do comportamento do consumidor. Seguindo este fio, percebe-se uma polarização de consumo entre aqueles consumidores mais cautelosos – que foram atingidos pela instabilidade econômica – que tendem a fazer compras mais assertivas, e consumidores menos sensíveis a estas oscilações, que vão impulsionar o varejo de luxo, que inclusive, tem apresentado crescimento.
O retorno das lojas físicas também é um ponto de atenção, principalmente com olhar de experimento e coleta de dados reais para medir o comportamento do consumidor. O objetivo é traçar estratégias para reforço de marca e elevar o faturamento. Associado a isto, entra em cena o “share of life”, que é a participação da loja na vida das pessoas. A ideia aqui é construir um senso de comunidade e, ao mesmo tempo, propor novos estímulos para que os consumidores passem mais tempo nestes espaços e concentrem mais gastos nesses locais.
Movimento contrário pode ser vantajoso para o lojista
Estas tendências chegam a apontar para uma certa segregação entre grandes e pequenos varejistas. Por isso, é esperado que os pequenos, principalmente aqueles que possuem espaços cujo foco é totalmente voltado para a venda, tenham maior dificuldade em competir com as grandes marcas e, consequentemente, ter que pagar pelo alto custo de ocupação pedido pelos shoppings.
Assim, observa-se que muitos que operam em shoppings estão optando por rever este tipo de operação como forma de enxugar custos e não prejudicar suas atividades. A consequência disso é um movimento contrário: o retorno para o comércio de rua na tentativa de reduzir os gastos com aluguel e outras despesas que impactam a rotina do negócio.
Caso esta seja a estratégia adotada por esse lojista, a Gestão 3E pode auxiliar na busca por pontos que ofereçam o melhor custo-benefício para o empresário. Por meio de um portfólio Full Service, executado por meio de equipe própria e parceiros de grande renome no mercado, a Gestão 3E realiza pesquisa e avaliação de imóveis em potencial com pareceres personalizados para atender às necessidades do contratante.